22-07-2014
Após quatro dias de paralisação envolvendo 3,5 mil trabalhadores e duas liminares interferindo no protesto, terminou dia 17 de março a greve dos trabalhadores ceramistas de Criciúma e região. Nas duas Assembleias realizadas na Portinari e Eliane no final da tarde a proposta patronal foi aprovada pela maioria dos profissionais e, na última na Sede do Sindicato em Criciúma agora às 20h, deverá ser sinalizada também a aceitação da proposta. Nas conquistas eles terão 9% de aumento para quem recebe até R$ 3 mil, sendo 8% em janeiro e 1% em maio e, o INPC de 5,56% para aqueles que ganham acima de R$ 3 mil, o abono passou de R$ 750,00 para R$ 825,00. Os empresários ofereceram ainda 13,6% para quem recebe o piso que atualmente é de R$ 1.144,00 passando então para 1.300,00. Os dias parados serão compensados nas férias. A categoria queria 10% de aumento geral, abono de R$ 850,00 e uma hora de intervalo de refeição para aquelas empresas que faz 30 minutos como a Eliane, Gabriela e Piso Forte além da manutenção das demais cláusulas sociais. A data-base em 1º de janeiro. Na avaliação do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Ceramistas de Criciúma e região, Itraci de Sá, a proposta foi boa em razão da situação do momento em que atravessou o processo da greve com os interditos proibindo o direito legítimo e constitucional dos trabalhadores ficarem perto das entradas das fábricas. O grande entrave lembra o sindicalista, que deixou o sindicato surpreso foi à decisão judicial com o afastamento de um quilômetro e, ainda mais grave uma nova liminar concedida hoje mandando tirar as barracas, faixas e cartazes dos locais. “Na Portinari teríamos então que colocar as barracas em cima da BR 101 e onde fica o direito de protestar, de lutar por melhores salários? Respeitamos a justiça, mas achamos muito estranha essa decisão”, pondera. O protesto começou na quinta-feira (13), na Portinari e, ampliou na sexta-feira (14) para a Porcelanatto Eliane, já no sábado e domingo parou a Eldorado e a unidade da Eliane de Cocal do Sul. São 13 cerâmicas na região concentrada em Criciúma, Cocal do Sul e Urussanga.