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Notícias e Eventos

Clima de greve - Sindicato chama trabalhadores para Assembleia na próxima semana, dia 17

12-02-2021

Clima de greve - Sindicato chama trabalhadores para Assembleia na próxima semana, dia 17

Os quase seis mil trabalhadores das indústrias cerâmicas de Criciúma e Região estão sendo convocado para avaliar a proposta patronal para renovar a convenção coletiva da categoria, em cinco assembleias, marcadas para quarta-feira da próxima semana, dia 17.
A decisão foi tirada em duas reuniões de diretoria, nesta quinta-feira (12), informa o presidente do Sindicato dos Ceramistas, Itaci de Sá. Segundo ele, a situação da negociação com a classe patronal está sendo informada aos trabalhadores, nas entradas e saída de turnos.
Depois de quatro encontros com a representação do sindicato patronal, lembra Itaci, restou uma proposta que não convenceu a diretoria e a informação dos patrões de requerimento de mediação do Tribunal Regional do Trabalho para tentativa de acordo entre as partes.
“A diretoria rejeitou a proposta das empresas, oficializada na segunda-feira (8), retirando direitos e conquistas históricas e, sobretudo, nitidamente com prática antissindical para fragilizar a representação e a organização dos trabalhadores”, enfatiza o presidente.
“O objetivo das assembleias é ouvir os trabalhadores e trabalhadoras, ter sua aprovação ou rejeição à proposta patronal e que tipo de encaminhamento deve ser dado à campanha salarial, de forma transparente, democrática e dentro da previsão legal”, ilustra Sá.
Os trabalhadores, lembra o dirigente, querem renovação da convenção coletiva de 2020, com reajuste de 8,45%, sendo 5,45% da inflação do período, mais 3% de aumento real, aplicados sobre os salários, piso salarial e no abono de férias pago aos associados do Sindicato.
As empresas oferecem apenas a inflação, sem ganho real aos salários, congelamento do piso de 2020 (R$ 1.871,11), piso pelo mínimo estadual ( R$ 1.467,00) para novos contratados que não sejam da linha de produção, redução de 30% para 20% do adicional noturno, redução em 50% do valor das horas extras aos domingos e feriados e, ainda, implantação da “jornada Marshall”.
“Sentimos nas portas das fábricas uma insatisfação muito grande da categoria”, lamenta Itaci de Sá, ressaltando que “o pessoal está vendo as empresas produzindo e vendendo melhor que nos últimos três anos e se sentem injustiçados”. As assembleias ocorrem, como de costume, em Cocal do Sul, na sede do Sindicato e no bairro São Domingos.