23-04-2019

Ceramistas aprovam 4% de aumento e manutenção das cláusulas sociais

Após quatro meses e 10 rodadas de negociação, os trabalhadores ceramistas aprovaram 4% de aumento nos salários e abono.  O reajuste de 4% atingirá salários de até R$ 3.700,00. De R$ 3.701,00 até R$ 5.700,00 serão repassados o INPC de 3,43% e, acima de R$ 5.700,00 livre negociação. O abono passa de R$ 1.130,00 para R$ 1.175,00. Os atrasados serão pagos na folha de abril. A proposta foi aprovada nas   assembleias realizadas hoje, 23 de abril, em Cocal do Sul, no sindicato em Criciúma e na comunidade de São Domingos.  A negociação este ano, analisa o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Ceramistas de Criciúma e Região, Itaci de Sá, foi complicada e travada devido a mudança da legislação com a reforma Trabalhista e da atual conjuntura do novo Governo Federal. “Ela se arrastou por quatro meses e 10 rodadas com muito debate para chegarmos a esta proposta”, destacou o sindicalista. Conforme ele, não contemplou todas as reivindicações do sindicato, “no entanto, diante da atual realidade os trabalhadores e os empresários tiveram bom senso no acordo. Penso que foi um ganho importante a manutenção e renovação das cláusulas sociais e aumento real”, destacou o presidente. São cerca de 5,5 mil trabalhadores ceramistas na região.

Veja como ficou a negociação:

Abono de férias - Valor anterior R$1.130,00 e novo valor  R$1.175,00

Serão pagas as eventuais diferenças do abono de férias para quem gozou as férias em janeiro, fevereiro e março e que tenha recebido o valor anterior de R$1.130,00

Quem esteve de férias e nada recebeu irá receber na
folha de abril o novo valor de R$1.175,00
Reajustes dos salários:

-- 4,0% na faixa salarial de até R$ 3.700,00
-- 3,43% na faixa salarial entre R$ 3.700,01 até r$ 5.700,00
-- livre negociação na faixa salarial acima de R$ 5.700,01
-- manutenção de todas as cláusulas da CCT anterior
-- pagamento dos atrasados em abono extraordinário negocial
-- INPC no abono de férias = R$ 1.175,00
-- pagamento dos atrasados de janeiro, fevereiro e março, em abono extraordinário negocial, acrescido de mais 20%